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Mostrando postagens de maio, 2019

redondilhas do bom miliciano

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do editor redondilhas do bom miliciano pra se dizer miliciano não adianta ter parente miliciano ou ser vizinho de miliciano sequer homenagear miliciano dar emprego a miliciano pra se dizer miliciano você precisa entregar suas armas se render ao xerife chiliquento ao sniperseguidor ao do rio governador sicário com alvará que se arvora a governar do alto de um helicóptero matando de déu em céu tal qual só um miliciano coda você tem que padecer com macheza mano a mano pelas mãos de um miliciano pra miliciano se dizer

mandato

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poema de Adrian’dos Delima MANDATO Vou ficar quatro anos mais velho enrugado as crianças tornadas em jovens altos eles por quatro anos os malditos talvez perpetuem uma herança de velhos esmolando na porta do supermercado doentes pedindo emprego na fila de um sem número de cabeças muitas pessoinhas sem futuro nem saídas do berço um rastro de pernas e braços preparados pra porradas armas cacetadas de feixe fascista paramilitarista misto com um estado minimamente grande pra socorrer bancos campos de plantas agrotóxicas leite em quantidades antibióticas boi gordo hormonizado solto no pasto que ocupa todo o espaço tudo pasta não deixa nada nada deixam nem pedra todos esses temas tão parecendo do passado tão em pauta nestes anos tão próximos cá os próximos quatro

homi

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poema de Paulo de Toledo HOMI cidadãodebem cidadãodebe cidadãodeb cidadãode cidadãod cidadão cidadã cidad cida

TREMEI E TEMEI, CANALHAS

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poema de Waldo Motta TREMEI E TEMEI, CANALHAS [work in progress] Ladravazes que espoliais o povo, e aclamais por guia o homem vil, tremei e temei, que o Deus tremendo em sua sua ira estremece o mundo. Por justiça e igualdade, combate e aniquila os iníquos. Deus dos justos e retos, rei da justiça e do juízo, Deus do juízo intemerato, Deus da justiça intimorata, julgai os juízes sem juízo, condenai a justiça corrupta! Com amor extremoso, defendei os pobres e desvalidos; com ira extremista, exterminai os nossos perversos inimigos! Tremendo, horrendo, metuendo senhor da devastação, despiciendo Plutão, íncola do orco excrementício e das entranhas da Terra, dono e doador dos bens e dons, danai a quem deles se adona, danai a quem dana o nosso bem: o líder temerário, temerator, e os mandões que comandam a danação da nação. Deus de nossas entranhas, triunfai sobre os vossos inimigos que perseguem os ju

13 de maio

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poema de Rodrigo Caldeira [poema visual de Arnaldo Xavier] 13 de maio boa a noite sem o açoite sem os grilhões sem a dor dos meus na sombria desesperança de não ver a vida pelo véu da liberdade boa a noite em que a cor da pele não for o estigma do mal boa a noite em que o 13 de maio não for uma benção pelas mãos do algoz mas a conquista de uma nação

barbarismo

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poema de Marcílio Godoi Barbarismo A indigência mais visível da História não vai na reação violenta no grito de cruel resposta com inevitável rastro de sangue horror e bombas. A maior infâmia a qualquer tempo é seu jeito hipócrita de fingir não enxergar a morte explícita que se desenha no momento exato da ausência de ação contrária no silêncio cúmplice sem oposição quando um idiota propõe a ideia de um mundo injusto erguido na exploração e na morte de irmãos. Matemos a possibilidade da morte ou teremos que matar depois para parar a morte.