acalanto
Poema de Jorge
Rein
ACALANTO
Mar Maria maresia
Só de pensar arrepia
Canto um conto
Conto um canto
Te acalanto
Dorme cria
Que algum dia
Desandarás o caminho
Serás cego e adivinho
Serás adivinho e cego
Dorme que dorme meu nego
Que hoje as ondas te acalantam
E amanhã quem sabe cantam
Tua esperança
Dorme criança
Aninhadinha em meu verso
Que te aguarda o universo
Da mágoa continental
Dorme que já não faz mal
Sonhar o mar sem fronteiras
E perder as estribeiras
Ao segurar as bandeiras
Desta guerra
Que quem nasce nesta terra
Afogado na poeira
Chorado na carpideira
Miséria de cada dia
Pede a Deus em sua agonia
Para se afogar na merda.
Só de pensar arrepia
Canto um conto
Conto um canto
Te acalanto
Dorme cria
Que algum dia
Desandarás o caminho
Serás cego e adivinho
Serás adivinho e cego
Dorme que dorme meu nego
Que hoje as ondas te acalantam
E amanhã quem sabe cantam
Tua esperança
Dorme criança
Aninhadinha em meu verso
Que te aguarda o universo
Da mágoa continental
Dorme que já não faz mal
Sonhar o mar sem fronteiras
E perder as estribeiras
Ao segurar as bandeiras
Desta guerra
Que quem nasce nesta terra
Afogado na poeira
Chorado na carpideira
Miséria de cada dia
Pede a Deus em sua agonia
Para se afogar na merda.

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