até lá
poema de Matheus Penafiel
Até lá
tudo
não passa
de
um ritual a exaltar
nossas
misérias
Repousamos
tranquilos
nossa
cabeça e consciência
descansados
no travesseiro
porque
fizemos nossa parte
não
por causa de
um
Contrato que justificados
estaríamos
para quebrar
não
por uma crença no Estado
não
por razão alguma
que
não nossa descansada
Consciência
que
fez sua parte
e
dorme o sono dos justos
enquanto
injustos seguem
livres
os
que dormem nosso sono
Liturgia
letárgica
essa
das eleições
que
apertamos Confirma
para
nossa alma aceite
o
inescapável Destino
mas
acendemos uma vela
para
o deus
em
nome de quem
distribuem
votos e vetos
Em
nome de quem
acendemos
nossa vela?
a Esperança
é a
última que morre
até
lá
um a
um
morremos
todos

Comentários
Postar um comentário