do mau-jornalista
poema
de Sidnei Schneider
Bota-bezerro do mau-jornalista
[Ao
modo aristocrático e respeitoso]
- Nascera o Ilustrado- um vômito real!
Cesário Verde, Ele
[Ao Diário Ilustrado]
Meio-personas,
decepados à barriga,
que
expõem-se a turnos na televisão:
engrolais
bytes de dólar à newlíngua,
um
vomitório ao invés de informação.
Splash!
Bocas
de vidro, sorrisos de marmota,
defendeis
guerras, juros e mentecaptos:
não
desconfiais do pendor dos agiotas,
enquanto
destripais-vos tão inexatos?
Splésh!
Distorceis
fatos com traíras e trutas;
se
um ataca o povo, mais se o acata:
de
goela repleta e beiçola não justa,
botais
o bezerro à feição de cascata.
Splish!
Em
gorda ilusão com a usura abissal,
refratários
ao Brasil e ao ser humano,
quando
secarem-se os cofres ao final,
suportareis
encarar o grosso engano?
Splósh!
Se
é à toa ou pelo editor ou patrão
que
falais, nada tem a menor valia:
o
único que vale é o dedo grandão
com
que o público atual vos desafia.
Splush!
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