gravataria
poema de Lau Siqueira
GRAVATARIA
TROPICAL
O homem nos tribunais de cada
dia. A mulher também. Porém,
em inumerável menor número.
dia. A mulher também. Porém,
em inumerável menor número.
Ele na gravata. Ela no salto.
(a vida, na aparência, é o lugar
onde tudo sorri)
onde tudo sorri)
A equivalência do salto com a
gravata. A abotoadura digital.
O perfume franco-chinês. Os
babados. Os clichês.
gravata. A abotoadura digital.
O perfume franco-chinês. Os
babados. Os clichês.
Os que buscam nos códigos
da justiça as leis do sangue
derramado...
da justiça as leis do sangue
derramado...
Os donos da fome.
Os industriais da infâmia.
Os calhordas da nova ordem.
Os calhordas da nova ordem.
Os executores do estático
no mundo em movimento.
no mundo em movimento.
Os que mudam de lado conforme
a logística da conveniência. Os que
expelem pelas narinas uma agonia
vestida de tristeza.
a logística da conveniência. Os que
expelem pelas narinas uma agonia
vestida de tristeza.
E
os que viram a mesa.
Os que seguram o sopro guardam
nuvens no bolso. Os que sustentam
as próprias tempestades.
nuvens no bolso. Os que sustentam
as próprias tempestades.
Os que fazem da vida um trajeto
vertical e não se dão ao luxo de
parar diante de um infinito
vertical e não se dão ao luxo de
parar diante de um infinito
ponto
final

Muito bom!
ResponderExcluirValeu, poeta! Há braços!
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