vale
poema de Dennis Radünz
Vale do Rio Doce forever
não vale um voto o deputado
um devotado contra o estado
de direito e um braço armado
da insânia santa das finanças:
livres mercados com escravos
não estão nus os magistrados
não valem fatos como provas
e mesmo a mala de dinheiros
acaba em veto, como ex-voto,
em um cemitério dos direitos
nos vela um Vale do Rio Doce,
a cada lama no senado,
e tanto quanto vale um dízimo,
vale deus, o Desusado,
e o atentado é o próprio Estado

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