soneto escuso
poema de Oswaldo Martins
Como um soneto escuso
a câmera escura destrói sorrisos de gioconda com a pata
direita rompe telas e os olhos que a viam tornam se pasmos o tempo escuso o
papo é reto falta-lhe o jocoso pano de fundo por modificar os olhos vazados dos
recegados vampiros do paraíso em atonia imagem inversa fotografia dos palácios
domínio que ecoa na memória súdita das marinhas mercantes deste conde de
olivares o cabeça d’alfinete a chamar de volta a velha rainha de copas e o
jaguadarte

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