antipoema para nicanor
poema de Guellwaar Adún
ANTIPOEMA PARA NICANOR
xóvens,
com até trinta anos de idade
não podem ser chamados de isentões;
pois, não são. pois não, não são.
verdade. verdade.
são apenas xóvens,
com até trinta de idade,
“o que fazer enquanto a revolução não vem?”
eis a oportunidade
enquanto fantasmas
xóvens com mais de trinta
anos,
e o ódio mortal, anti-sapo barbudo,
remoendo saudade do bom velhinho de Carazinho
a Cinelândia é logo ali
a Cinelândia é logo ali
do outro lado da rua
“não confio em ninguém com mais de trinta anos.”
enquanto fantasmas de paulo seguem
tenho lido xóvens
com mais de trinta dinheiros
saudosos com o bom velhinho do gorro vermelho,
contrapondo-o ao sapo barbudo,
xóvens com mais de trinta dinheiros
o avesso do bom velhinho,
seus nomes antagônicos,
não eram o sapo nem a barba,
o nome dele é Moreira, Moreira, Moreira, Angorá
ou a Sandra cavalgando, inundando o Rio
Gandu
ou Lacerda, o inominável d'outras eras
outros tantos picaretas
que nunca largaram as tetas
xóvens com mais de trinta dinheiros
enquanto fantasmas de paulo seguem escrevendo coelhos da cartola
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