novelita bolsonaro
poema de Rodolfo Jaruga
(excerto do poema Novelita Bolsonaro)
Neste momento fará uso da
palavra
o embaixador Ernesto Araújo, Ministro de Estado
das Relações Exteriores.
Gnosesthetenaletheian,
dixit Araújo,
Gnosesthe ten aletheian
kai
he aletheiaeleutheroseihumas.
Conhecimento,
verdade e liberdade.
Aletheia
desvelamento
desesquecimento
cruzar o rio dos
mortos
de volta para cá
superação do
esquecimento
algo que se recupera
experiência autêntica
individual
sentimental.
O Brasil, ele
falou, estava preso fora de si mesmo,
e o presidente
Bolsonaro está libertando o Brasil
por meio da verdade.
Nós também vamos
libertar
o Itamaraty.
É só o amor, ele
falou,
é só o amor que
conhece o que é a verdade,
ele disse que Renato Russo
disse,
não a cautela,
não a prudência,
não o pragmatismo.
O amor, Araújo
falou, o amor
e a coragem que
do amor decorre.
Não a ganância,
não o anseio de riqueza,
nem o acaso.
Mas o amor, a
coragem e a fé,
Anuê
Jaci, etinisemba-ê
Indêirúmanunhê
Yara rekôembobeukátupirã
Rekôkuyasubí
Embobeukátupirabê
NgemembyráTupã
Indêirúmanunhê
Yara rekôembobeukátupirã
Rekôkuyasubí
Embobeukátupirabê
NgemembyráTupã
a lua
o trovão
a nova Independência
Diz o Barão,
UbiquePatriaeMemor,
lembrar-se da
pátria.
Não é lembrar-se
da ordem liberal
internacional,
não é lembrar-se
da ordem global,
não é lembrar-se
da ForeignAffairs.
Não tenham medo
de ser Brasil, ele falou.
Não tenham medo.
Pensem, por
exemplo, em Dom Sebastião.
O mito ensina a não ter medo,
e é curioso, ele
falou,
é curioso que o
mito
é
o mito
e no momento
atual
o mito
é o presidente Bolsonaro.
O poeta
superior,
Fernando Pessoa disse,
o poeta
superior,
ele falou,
o poeta superior
diz o que sente,
o poeta médio
diz o que decide sentir,
e o poeta
inferior, o que acha que deve sentir.
Éramos um país inferior.
Certa vez ouvi o
Professor Olavo,
ele falou,
o Professor
Olavo de Carvalho,
falar de Dom
Quixote de Cervantes.
Caído à beira do caminho,
nalgum lugar de
La Mancha,
numa espécie de
delírio ele conversa
com passantes
como se fossem o
marquês disso,
o conde daquilo,
algum herói de
cavalaria.
Lá pelas tantas,
Araújo falou,
um camponês olha
pra ele e diz, peraí,
eu sou o seu vizinho Pedro Alfonso,
e o senhor é Alonso,
Alonso Quijano.
E Dom Quixote
pensa e diz,
yo sé quiénsoy.
É o Brasil,
Araújo diz, é o Brasil que diz eu sei quem sou.
Eu sei quem sou, ele falou.
Um país
universalista,
não uma geleia geral.
Admiramos
Israel,
admiramos os
Estados Unidos da América,
os países que se
libertaram do Foro de São Paulo,
os que lutam
contra a tirania na Venezuela,
a nova Itália,
a Hungria e a Polônia,
todos aqueles
que se afirmam.
O globalismo,
ele bradou,
se constitui no ódio.
Aqueles que
dizem
que não existem homens e mulheres
são os mesmos
que pregam
que os países não têm direito
a guardar suas
fronteiras,
que o feto humano é um amontoado de
células
descartável,
que a espécie humana é uma doença
que desapareça pra
salvar o planeta.
Por isso, ele
falou, a luta pela nação
é a mesma luta pela família
e a luta mesma pela vida,
a mesma luta pela humanidade
em sua dignidade
infinita
de criatura.
Não escutem o
globalismo quando ele diz que
paz significa não lutar.
Lutaremos.
Os senhores me
perguntarão,
e como faremos isso?
Pela palavra.
Acreditemos no
poder infinito da palavra,
que é o logos criador.
O presidente
Jair Bolsonaro chegou até aqui
porque diz o que sente,
porque diz a verdade.
E isso é o logos.
Que Deus abençoe
o presidente Jair Bolsonaro,
Anuê Jaci.
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