O GRANDE QUE VOCÊ NÃO É

 poema de André Siqueira





O GRANDE QUE VOCÊ NÃO É 


Atrás de um balcão você é mais um ante o mal

perfilado, avacalhado já o seu sentimento boquiaberto.

O tremor patente vibrado num arremesso possesso.


Você sua como um espírito de porco sofregamente

derrapado no turbilhão do baixo espetando.

Autenticação desconexa. Soturna espera dispersando

o farol sério num embuste de serenidade.


Algo rolou a escada avoado mas vira-se

e entende que é você enlevado de terror

aterrado e terra sobre terra pelo quarteirão

todo com escárnio e poros bichados

entrecortados por abscesso à maneira de

Ketchup. Você sua energúmeno catarrento

envilecido.


A sola do pé empedrada fora quase nada

em comparação ao roçar de medos piscados 

em assassínios repletos de demasia. Ninguém

lerá todavia abotoara até o pescoço. O pescoço.

Bichado.


Nada desanuviou-se no purulento destruído

emoldurado, conforme tropeça infectado e aguado - 

separação vítrea... encouraçadas cãs que te

levantam num decúbito desencontrado mendigando

a ação na cara.

Quedo, emparedado não o suficiente para não

recender fétido sono desenterrado. Mas atrás

de um balcão você não é mais.

Nunca mais.

O caminho boquiaberto

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