Incelença

 

poema de Matheus Pazos




 

Incelença

(para Caio Resende e Elder Oliveira)

 

a fuligem das cidades não atinge

o fundo opaco de teu castigado couro

acre reluzente da criação de sóis

tempos de cerca e silêncio cabisbaixo

 

da poeira brotaste ignóbil porque certeiro

contas do rosário na longeva certeza

nomes corriqueiros escondida linhagem

 

reza encomendada floresce promessas

banhos de cheiro apaziguam agruras

do peito não se vê seca

da poeira não se vê morte

a fuligem desconhece transfiguração.

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