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Mostrando postagens de outubro, 2020

notícia de jornal

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  poema de Teresa Haase   notícia de jornal   flagra na bunda do senador! nádegas a declarar a roubalheira imunda nos anais da política brasileira                  trocadilhos de rir coprorrisos   sem pudor compromissos os efeitos    entorpecidos nas vísceras   des leitos des curas des tratos mortes em lenta tessitura

a porta

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  poema de Luciana Lee     pela porta aberta o horror dos dias o ódio o óbvio   hordas de humanos homicidas homologam regimentos regimes   povos na prisão pessoas se perdem a peste a pena a porta se fecha

O GRANDE QUE VOCÊ NÃO É

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 poema de André Siqueira O GRANDE QUE VOCÊ NÃO É  Atrás de um balcão você é mais um ante o mal perfilado, avacalhado já o seu sentimento boquiaberto. O tremor patente vibrado num arremesso possesso. Você sua como um espírito de porco sofregamente derrapado no turbilhão do baixo espetando. Autenticação desconexa. Soturna espera dispersando o farol sério num embuste de serenidade. Algo rolou a escada avoado mas vira-se e entende que é você enlevado de terror aterrado e terra sobre terra pelo quarteirão todo com escárnio e poros bichados entrecortados por abscesso à maneira de Ketchup. Você sua energúmeno catarrento envilecido. A sola do pé empedrada fora quase nada em comparação ao roçar de medos piscados  em assassínios repletos de demasia. Ninguém lerá todavia abotoara até o pescoço. O pescoço. Bichado. Nada desanuviou-se no purulento destruído emoldurado, conforme tropeça infectado e aguado -  separação vítrea... encouraçadas cãs que te levantam num decúbito desencontrado mendigando a

poço

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  poema de Demétrio Panarotto     desenho do Lorenzo poço                                                                                                                dentro do poço jesus engatinha dentro do poço do lado de fora as pessoas sacrificam um jesus por dia e jogam apenas as cabeças dentro do poço onde jesus engatinha dentro do poço agora jesus engatinha entre as cabeças e se reconhece em todas elas o poço dos desejos é com cabeças cortadas valor de não mais que dez vinte cinquenta centavos a maioria de cinco talvez isso explique o porque de todas as cabeças estarem com a língua seca e enrolada                                                                                                                            [na garganta ou justifique o sacrifício imolado amolação a cabeça do dia jogada no poço foi da alice da época em que o país era das maravilhas jesus quase perdeu as forças mas não parou de engatinhar na casa grande a filha