salvemos essa porra

do editor







salvemos essa porra, sim (ainda
que não haja salvação),
mas desde que isso não nos obrigue
a passar uma borracha sobre a burrice,
seja à direita, seja à esquerda
ou ao centro do leque político-partidário.
o nacionalismo da urgência urgentíssima.
a rotina do curto prazo.


ô, brasil,
sempre o negócio meio assim,
o conciliábulo em que fica estabelecido:
                               vamos tirá-lo do buraco a qualquer custo.
ô, brasil,
sempre à beira da dissolução econômica,
institucional, moral.


aqui, o indigníssimo usurpador
diz que agora que o salvamento acabara de chegar
(suas reformas o de-comer ao mercado), um complô se arma
contra ele.


ali, só com o lula-lá poderemos impedir
o sequestro completo dos nossos direitos
e da normalidade democrática.


poesia política ou um poetariado com luva de pelica.


escolhas sempre extremas e já cumprindo hora-extra.
formular isso como uma questão, há muito deixou de fazer sentido.
que pensar que nada.
ou você acompanha ou você acompanha.
quem morre é sempre o outro.


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