woman sapiens

poema de Clarissa Macedo





Woman sapiens


Ao lado do formicida das horas
me preparo para decapitar a memória,
esse exército adversário,
as aulas de etiqueta que não tive.

Preparar o frango é um raso do cotidiano,
quando o outro parece uma agulha nos olhos.

No princípio, o fim não sabia
que chegaria na longa fila dos anos e do sus.

No instante em que aportei
minha ilha não me disse
que a vida escreve os nomes da eternidade.

O neolítico é um planeta onde as dunas viram sangue,
e os corpos
    passagens do agreste.

Neste espanto do mito
sonho um teste de virgindade da beleza na boca dos homens
e cumpro o destino absurdo do mundo. 

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