a despeito de
poema de Adriane Garcia
A despeito de
Mesmo não havendo esperanças
Agiremos como se houvesse
Jamais a adesão total
Ao mal, ao funesto, ao terror
Liberdade continuará pronunciada
Sobre ou sob as mordaças
Daremos trabalho, sempre
Como hidras de duas cabeças
Decepem-nos duas, nasceremos quatro
Temos o treino, a expertise, a inteligência
Dos secularmente derrotados.
Obrigada por esse espaço de voz, Ronald. Um grande abraço.
ResponderExcluirvaleu, Adriane.
ExcluirUma pungente e comovente ode as indiferenças, aos abismos, as inquietações insustentáveis do nosso tempo! Belíssima homenagem Adriane Garcia!
ResponderExcluirObrigada, José Couto. Um abraço.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUm poema lindíssimo, de enorme sensibilidade.
ResponderExcluirComo fazer pra ter um poema postado aqui?
Seu texto é incrível. Me senti acolhida e representada.
ResponderExcluirVamos vencer, ainda que pela insistência. A força e o treino, já temos.