em nome do pai
poema de Jorge Augusto
Em nome do pai
esse peso todo
no meu ombro
esse corpo
escombro
que carrego
sem consolo
o cisco que
não sai do olho
os pés arrastando
essa tonelada
de pedras de pedradas
murro em ponta-de-faca
cristo na cruz
não serviu pra nada
pago minha conta
meu próprio sacrifício
é estar vivo como
uma planta um bicho.
Em nome do pai
esse peso todo
no meu ombro
esse corpo
escombro
que carrego
sem consolo
o cisco que
não sai do olho
os pés arrastando
essa tonelada
de pedras de pedradas
murro em ponta-de-faca
cristo na cruz
não serviu pra nada
pago minha conta
meu próprio sacrifício
é estar vivo como
uma planta um bicho.
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