fantasma

poema de Ricardo Silvestrin





FANTASMA

Eu sou o fantasma do comunismo 
e cheguei aqui pra te assustar.
Nem sei como se assusta 
no século vinte e um,
se com foice e martelo
ou com mouse e uma tela.

Estava dormindo entre brumas
e mandaram me chamar
entre trinta e um de março 
e primeiro de abril.
Contra mim, deram um golpe,
sou o precursor da fake new.

Lutar contra fantasma é fácil.
Quero ver distribuir renda,
melhorar educação, saúde,
emprego, segurança.
Sair do Twitter e parar
de só fazer lambança.

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