abandonei a serenidade faz tempo
poema de Luiz Carlos Coelho de Oliveira e Cândido Rolim
abandonei a serenidade faz tempo
e a lisura das fachadas embora haja
vidraças aos cacos
uma fissura pela familiaridade
entre a política de Curitiba e o sequestro sacrifício de
crianças
barragens sobre cada um
exceto alguns (claramente)
a política nacional no seu sotaque mais democrático
sem ufanismo (claramente)
tá insuportável? por suposto senhor
turvo
vinagre em tão pouco tempo?
fica-se velho de repente
o facho brada espumoso,
borbulha sem mais verniz
sob um band-aid sem cola
nos protegíamos mui finamente
num entrave ponto cego
atuante e latente
no azeite
máquina carnificina do mundo
as cabeças se viraram de repente
mundo invertido sem fronteiras
e de repente
era a gente que tava virado
canto de espelho, coagulação,
explosão demográfica da casa de espelhos
truculência cidadania plena
foro & patente
rotações emperram as setas,
como desejam contrapelo
se quebram as escovas nos cocurutos do tempo?
a falácia do aprimoramento por toda parte
te panfleta se o senhor tem um minuto
equívocos a meia canela
cachorros latem no quintal
e não há quem acenda pavio
se todas as cartas amam domesticamente
fodidos e meio
penumbra de inércia
chumbo
densidade do ar
objeto de recusa
na antessala do horror
anotadores de jogo alinham dominós
saltam suas pedras
e damas fazem damas
Sensacional. Inda tou de boca aberta com o remate da última quadra.
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